JUIZ DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DE DONO DO ROYAL MOTEL DENUNCIADO POR TENTAR MATAR EMPRESÁRIO EM MANAUS

O empresário Fabrício da Silva Nunes, de 30 anos, proprietário do Royal Motel, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, na quinta-feira (18). A medida ocorre em razão da investigação sobre uma tentativa de homicídio contra o também empresário Fabrício Valle, de 38 anos, motivada por conflitos envolvendo a ex-companheira de Nunes, Kellen Clyssia, de 29 anos.

Segundo a denúncia, o crime aconteceu quando Valle acompanhava Kellen até a residência dela, localizada em um condomínio no bairro Flores, na Zona Centro-Sul de Manaus. O suspeito, Fabrício Nunes, teria efetuado diversos disparos contra o veículo de Valle, em uma ação que foi registrada pelas câmeras de segurança do local. As imagens viralizaram nas redes sociais, causando repercussão imediata entre moradores e internautas.

Descumprimento de medidas cautelares

O juiz Mauro Antony destacou que a prisão preventiva se tornou necessária devido ao descumprimento de medidas cautelares previamente impostas. Imagens publicadas no perfil de Nunes no Instagram, identificado como “fabricionunnes”, mostraram que o empresário circulava por eventos noturnos, mesmo em horário de recolhimento obrigatório, determinado pela Justiça.

 

 

O magistrado ressaltou que, ao desrespeitar tais restrições, o réu demonstrou “descaso” com as determinações judiciais, reforçando a necessidade de restabelecimento da ordem pública. Além disso, o juiz destacou uma postagem de Nunes com a frase “eu na live da prefeitura depois de falar que ia dormir”, considerada uma provocação em tom de deboche às medidas legais que restringiam sua liberdade de locomoção.

“Ações desta espécie demonstram, além do descaso, a insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão, razão pela qual exsurge a necessidade de restabelecer a ordem pública”, registrou Mauro Antony na decisão judicial.

Histórico do crime

O caso ganhou grande repercussão desde março deste ano, quando Nunes foi preso em flagrante suspeito de tentativa de homicídio contra Valle e contra Kellen Clyssia. Na ocasião, foram disparados diversos tiros contra o veículo do empresário Valle, que acompanhava Kellen até sua residência. As câmeras de segurança do condomínio registraram toda a ação, fornecendo provas cruciais para a investigação.

O Ministério Público havia se manifestado favoravelmente à prisão preventiva, considerando que Nunes já apresentava comportamento incompatível com as medidas cautelares, circulando livremente e participando de eventos noturnos sem autorização da Justiça.

Fonte: AM POST

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